Se na safra passada, o setor sucroalcooleiro enfrentou a pior seca dos últimos 105 anos em Campos, em 2016 as expectativas são bem diferentes. Só a COAGRO, maior usina do município e única que trabalha com cooperados, deve moer 700 mil toneladas de cana este ano.

“Esse ano será um ano de retomada do setor”, vibra o presidente da COAGRO, Frederico Paes. A Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro, que desde o ano passado está moendo na localidade de Sapucaia, onde funcionou durante décadas a Usina Sapucaia, está gerando 2 mil empregos diretos e outros 2 mil indiretos e tem  4.500 produtores cadastrados.

A saca de açúcar, que na safra passada foi vendida a R$ 50,00, este ano custa R$ 90,00, o que está trazendo novo fôlego às usinas. “Historicamente, temos o preço mais alto. O ano foi chuvoso,  tudo isso animou o produtor, que deve voltar a investir após essa recuperação de preço.”, afirma Frederico.

Outro aspecto animador, é que o mercado mundial está deficitário de açúcar, 60% do produto fabricado no Brasil deve ser exportado.

Mas para chegar à fase da moagem não foi fácil, porque a crise econômica afetou o setor pela falta de crédito. “A Cooperativa sempre trabalha com crédito, não só por parte de agência de fomento municipal, estadual, mas crédito bancário também. Com a crise nacional a falta de recursos, os créditos foram suprimidos”, explicou Frederico.

O presidente finaliza destacando os fatores que o fazem acreditar na retomada de força do setor sucroalcooleiro: São três fatores que a gente pode considerar como principais. Primeiro o preço do açúcar e do álcool, o mercado internacional está aquecido. O segundo fator é a questão climática. Estamos passando por um período chuvoso e estamos entrando no verão com chuvas, importante para o desenvolvimento da cana, também com precipitação de chuva em quantidade boa, com incremento na ordem de pelo menos 50% para a safra 2016. O terceiro e último motivo é o parque industrial. Enfrentamos a adaptação, uma aprendizagem para nosso corpo técnico. A usina está mais bem preparada tecnicamente para processar a cana em 2016.

Fonte Ururau

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