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Cotação

Institucional

História

A Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro Ltda – COAGRO® nasceu da união de 57 produtores de cana-de-açúcar da região Norte Fluminense, que preocupados com o expressivo fechamento de usinas na região, com a crescente evasão de mão-de-obra e com a queda da produção de cana, partiram em busca de uma alternativa para salvar a produção de cana-de-açúcar no Estado do Rio de Janeiro.

Através da Associação Fluminense dos Plantadores de Cana – ASFLUCAN – implementaram estudos para viabilização de um projeto que propiciasse a recuperação e gestão de uma usina na região, chegando então, a conclusão, de que o Cooperativismo seria o melhor modelo para atender suas necessidades.

Através desta iniciativa pioneira no Estado do Rio de Janeiro, com apoio do Fundo de Desenvolvimento de Campos, o FUNDECAM, a COAGRO® assumiu em Fevereiro de 2003 as operações da Usina São José. A COAGRO® reformou e colocou em condições de produção, já na safra de 2003/2004.

Naquela época, o projeto foi denominado “COAGRO/ FUNDECAM/ USINA SÃO JOSÉ”.

Iniciadas as operações, foram moídas 443.726 toneladas de cana-de-açúcar, que resultou numa produção de 573 mil sacos de Açúcar-Cristal e 13 milhões de litros de Etanol.

Apesar das dificuldades enfrentadas nos anos de 2004 e 2005, a COAGRO® não se deixou vencer, ultrapassou as barreiras do cenário negativo que atingiam o setor regional e nacional naqueles anos, tendo, hoje em seu quadro social mais de 10.000 cooperados, é a maior produtora de Etanol e Açúcar-Cristal do Estado do Rio de Janeiro, moendo o equivalente a 953 mil toneladas de cana-de-açúcar, produzindo 1,3 milhões de sacos de Açúcar-Cristal e 26,5 milhões de litros de Etanol.

Norteada por sua estratégia de crescimento, manutenção contínua de suas atividades e patrocínio ao desenvolvimento da cultura de cana-de-açúcar no município de Campos dos Goytacazes, com foco nos seus associados, a COAGRO® firmou contrato de locação por 30 (trinta) anos da UPI-Sapucaia em Sapucaia, 3º Subdistrito do 1º Distrito de Campos dos Goytacazes.

Empresa

A COAGRO® é uma cooperativa do ramo agropecuário, constituída em conformidade da Lei no 5.764 de 1971, que desenvolve suas atividades em Sapucaia, distrito de Campos dos Goytacazes no Estado do Rio de Janeiro, onde processa a matéria prima recebida de seus cooperados e comercializa seus produtos – Etanol Hidratado e o Açúcar Cristal COAGRO®.

Com uma média de 3.000 empregos diretos e indiretos.

A COAGRO®  comercializa seus produtos em todo o Estado do Rio de Janeiro e ainda os mercados do Estado do Espírito Santo e Região da Mata de Minas Gerais, durante todo o ano.

A safra ocorre geralmente entre os meses de maio e novembro de cada ano.

Focada no seu compromisso ambiental e nas limitações de queimadas de cana-de-açúcar, conforme legislação vigente, a COAGRO® vem investindo esforços na mecanização do corte de cana-de-açúcar, através da aquisição de máquinas colheitadeiras, para oferecer aos seus cooperados o suporte necessário para a continuidade de sua produção.

Dignidade ao trabalhador do campo também é uma preocupação da COAGRO®. Por isso assinou e cumpriu os termos do Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar, junto a Secretaria Geral da Presidência da República, com investimentos em melhorias nas condições de trabalho.

Missão

O crescimento econômico e humano dos cooperados, garantindo a infra-estrutura necessária para a produção de açúcar e etanol de qualidade, com segurança, promovendo o cooperativismo e o desenvolvimento sustentável da sociedade.

Visão

Ser a organização mais rentável do setor sucroenergético do Estado do Rio de Janeiro, criando valor para os cooperados e respeitando altos padrões de sustentabilidade socioambiental.

Valores

Cooperativismo

Cooperativismo é um movimento econômico e social entre pessoas, em que a cooperação baseia-se na participação dos associados, nas atividades econômicas (agropecuárias, industriais, comerciais ou prestação de serviços) com vistas a atingir o bem comum e promover uma reforma social dentro do capitalismo.

Os princípios cooperativos são a base do cooperativismo. Todas as cooperativas tomam estes princípios como base para o seu funcionamento.

Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida. (Conceito apresentado no Congresso Centenário da Aliança Cooperativista Internacional, em setembro de 1995, em Manchester, na Inglaterra).

Uma cooperativa pode ainda ser formada pela união de cooperativas singulares, sendo neste caso denominada “cooperativa central” ou “cooperativa de segundo grau”. Estas visam racionalizar o uso de meios de produção (unidades industriais ou prestação de serviços, por exemplo), em especial nas atividades com pouca expressão em cada uma das cooperativas singulares.

Os sete princípios do cooperativismo:

1. Adesão livre e voluntária
Cooperativas são organizações voluntárias abertas a todas as pessoas aptas a usar seus serviços e dispostas a aceitar as responsabilidades de sócios, sem discriminação social, racial, política ou religiosa e de gênero.

2. Controle democrático pelos sócios
As cooperativas são organizações democráticas controladas por seus sócios os quais participam ativamente, no estabelecimento de suas políticas e na tomada de decisões. Homens e mulheres, eleitos como representantes, são responsáveis para com os sócios. Nas cooperativas singulares, os sócios tem igualdade na votação (um sócio um voto); as cooperativas de outros graus são também organizadas de maneira democrática.

3. Participação econômica dos sócios
Os sócios contribuem de forma eqüitativa e controlam democraticamente o capital de suas cooperativas. Parte desse capital é propriedade comum das cooperativas. Usualmente os sócios recebem juros limitados (se houver algum) sobre o capital, como condição de sociedade. Os sócios destinam as sobras aos seguintes propósitos: desenvolvimento das cooperativas, possibilitando a formação de reservas, parte dessa podendo ser indivisíveis; retorno aos sócios na proporção de suas transações com as cooperativas e apoio a outras atividades que forem aprovadas pelo sócio.

4. Autonomia e independência
As Cooperativas são organizações autônomas para ajuda mútua controladas por seus membros. Entretanto, em acordo operacional com outras entidades inclusive governamentais, ou recebendo capital de origem externa, elas devem fazê-lo em termos que preservem o seu controle democrático pelos sócios e mantenham sua autonomia.

5. Educação, treinamento e informação
As cooperativas proporcionam educação e treinamento para os sócios de modo a contribuir efetivamente para o seu desenvolvimento. Eles deverão informar o público em geral, particularmente os jovens e os líderes formadores de opinião, sobre a natureza e os benefícios da cooperação.

6. Cooperação entre cooperativas
As cooperativas atendem seus sócios mais efetivamente e fortalecem o movimento cooperativo trabalhando juntas através de estruturas locais, nacionais, regionais e internacionais.

7. Preocupação com a comunidade
As cooperativas trabalham pelo desenvolvimento sustentável de suas comunidades, através de políticas aprovadas por seus membros.

Evolução no Brasil

No Brasil, a cultura da cooperação é observada desde a época da colonização portuguesa. Esse processo emergiu no Movimento Cooperativista Brasileiro surgido no final do século 19, estimulado por funcionários públicos, militares, profissionais liberais e operários, para atender às suas necessidades.

O movimento iniciou-se na área urbana, com a criação da primeira cooperativa de consumo de que se tem registro no Brasil, em Ouro Preto (MG), no ano de 1889, denominada Sociedade Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto. Depois, se expandiu para Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, além de se espalhar em Minas Gerais.

Em 1902, surgiram as cooperativas de crédito no Rio Grande do Sul, por iniciativa do padre suíço Theodor Amstadt. A partir de 1906, nasceram e se desenvolveram as cooperativas no meio rural, idealizadas por produtores agropecuários. Muitos deles de origem alemã e italiana. Os imigrantes trouxeram de seus países de origem a bagagem cultural, o trabalho associativo e a experiência de atividades familiares comunitárias, que os motivaram a organizar-se em cooperativas.

Com a propagação da doutrina cooperativista, as cooperativas tiveram sua expansão num modelo autônomo, voltado para suprir as necessidades dos próprios membros e assim se livrarem da dependência dos especuladores.

Embora houvesse o movimento de difusão do cooperativismo, poucas eram as pessoas informadas sobre esse assunto, devido à falta de material didático apropriado, imensidão territorial e trabalho escravo, que foram entraves para um maior desenvolvimento do sistema cooperativo.

Em 2 de dezembro de 1969 foi criada a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e no ano seguinte, a entidade foi registrada em cartório. Nascia formalmente aquela que é a única representante e defensora dos interesses do cooperativismo nacional. Sociedade civil e sem fins lucrativos, com neutralidade política e religiosa.

A Lei 5.5764/71 disciplinou a criação de cooperativas, porém restringiu a autonomia dos associados, interferindo na criação, funcionamento e fiscalização do empreendimento cooperativo. A limitação foi superada pela Constituição de 1988, que proibiu a interferência do Estado nas associações, dando início à autogestão do cooperativismo.

Em 1995, o cooperativismo brasileiro ganhou o reconhecimento internacional. Roberto Rodrigues, ex-presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras, foi eleito o primeiro não europeu para a presidência da Aliança Cooperativista Internacional (ACI). Este fato contribuiu também para o desenvolvimento das cooperativas brasileiras.

No ano de 1998 nascia o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP). A mais nova instituição do Sistema “S” veio somar à OCB com o viés da educação cooperativista. É responsável pelo ensino, formação, profissional, organização e promoção social dos trabalhadores, associados e funcionários das cooperativas brasileiras.

O cooperativismo brasileiro entrou no século 21 enfrentando o desafio da comunicação. Atuante, estruturado e fundamental para a economia do País tem por objetivo ser cada vez mais conhecido e compreendido como um sistema integrado e forte.

FONTE: OCB